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O assunto também foi destaque em jornais e agências de notícias. Confiram:

Jornal O Globo – Petrobras diz não poder atender todas as distribuidoras de combustíveis em novembro. ANP afasta risco de desabastecimento
https://oglobo.globo.com/economia/petrobras-diz-nao-poder-atender-todas-as-distribuidoras-de-combustiveis-em-novembro-anp-afasta-risco-de-desabastecimento-25242967
Segundo a estatal, a demanda dos distribuidores para novembro aumentou em 20% para o diesel e em 10% para a gasolina, contra 2019
Bruno Rosa
19/10/2021 – 20:19 / Atualizado em 19/10/2021 – 20:51
RIO – A maior demanda por combustíveis por conta da retomada da economia com o avanço da vacinação fez a Petrobras afirmar que não vai conseguir atender aos pedidos de todas as distribuidoras por diesel e gasolina em novembro deste ano.
Em nota, a estatal informou que recebeu pedidos muito acima dos meses anteriores e maiores que a sua capacidade de produção. Já a Agência Nacional do Petróleo (ANP), responsável pela fiscalização do setor, afirmou que “não há indicação de desabastecimento no mercado nacional de combustíveis, nesse momento”.
Segundo a Petrobras, na comparação com novembro de 2019, a demanda dos distribuidores para novembro aumentou em 20% para o diesel e em 10% para a gasolina. De acordo com as associações dos distribuidores e importadores de combustíveis, a situação é preocupante. Isso porque os estoques das empresas do setor estão baixos.
O alerta foi dado pela Associação das Distribuidoras de Combustíveis (Brasilcom). Na semana passada, diversas distribuidoras receberam comunicado da Petrobras informando sobre corte de até 50% no pedido feito pelas empresas. Em nota, a Brasilcom diz que a situação coloca o “Brasil em situação de potencial desabastecimento, haja vista a impossibilidade de compensar essas reduções de fornecimento por meio de contratos de importação”.
Em média, a importação de gasolina e diesel pode levar de 30 a 45 dias, diz Sergio Araujo, presidente da Associação Brasileira dos Importadores (Abicom). Além disso, ele ressalta que os estoques estão baixos porque a Petrobras não vem repassando todos os reajustes do mercado internacional para os preços no país. Isso, segundo ele, vem inviabilizando as importações.
— Os importadores reduziram sim suas importações, pois os preços no mercado nacional estão muito defasados e acaba não compensando importar porque a Petrobras está vendendo seu produto mais barato. Para novembro não haverá tempo para importar. Vamos depender dos estoques já existentes. A defasagem da gasolina está hoje em 14% e a o diesel em 17% — disse Araujo.
Segundo a Abicom, sempre permanece a possibilidade de importação tanto pela própria Petrobras ou pelas distribuidoras, “de modo a suprir o que parece ser a deficiência por incapacidade de produção, face ao alegado aumento da demanda versus a estimativa da empresa”.
Sem risco de desabastecimento
Em nota, a ANP disse que segue realizando o monitoramento da cadeia de abastecimento e adotará, caso necessário, as providências cabíveis para mitigar desvios e reduzir riscos.
A Petrobras lembrou, por sua vez, que suas refinarias estão operando com 90% de sua capacidade com base em outubro deste ano. A estatal disse que no primeiro semestre deste ano o fator de utilização ficou em média em 79%, acima dos 77% em 2019.
“A Petrobras segue atendendo os contratos com as distribuidoras, de acordo com os termos, prazos vigentes e sua capacidade. Além disso, a Companhia está maximizando sua produção e entregas, operando com elevada utilização de suas refinarias”, completou a estatal.
O problema no fornecimento ocorre em forte a um aumento de preços dos combustíveis no Brasil. No ano, a gasolina acumula alta de 40,9% nas bombas. Em alguns locais, o valor do litro já chega a R$ 7,49. No diesel, os preços já subiram 37,99% nos postos entre janeiro e a semana passada.
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Estadão – Distribuidoras descartam risco de desabastecimento após decisão da Petrobras
https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,distribuidoras-descartam-risco-de-desabastecimento-com-limitacao-da-petrobras,70003873363
Para executivos ouvidos pelo ‘Estadão’, a Petrobras deixará para as distribuidoras a tarefa de importar combustíveis para atender a demanda interna que ultrapasse a capacidade de produção da estatal
Fernanda Nunes, O Estado de S.Paulo
19 de outubro de 2021 | 19h24

Atualizado 19 de outubro de 2021 | 21h09

RIO – Com o preço do barril do petróleo a mais de US$ 80, a Petrobras deixou para as suas clientes a tarefa de complementar com importação o volume adicional à produção nacional necessário para atender a demanda interna de combustíveis. Sem a tradicional ajuda estatal, as distribuidoras vão por conta própria comprar produtos em outros países, afirmaram ao Estadão/Broadcast executivos do segmento de distribuição em condição de anonimato.
Esse custo excedente com importação vai ser repassado para o consumidor final que, no fim das contas, deve pagar mais caro pelos combustíveis nas bombas, ainda que a Petrobras não reajuste seus preços nas refinarias. A alta foi estimada em 17% pela Associação das Distribuidoras de Combustíveis (Brasilcom). Essa é a diferença média entre os preços dos produtos brasileiros e os importados.
Os executivos das distribuidoras garantem que não há risco de desabastecimento. A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) também diz que não. O complemento à Petrobras será garantido por outros países. Na verdade, o Brasil sempre contou com os importados para suprir toda demanda. A mudança, agora, é que, em vez de a estatal liderar essa importação, como fez até então, as distribuidoras vão tomar a frente do processo, no mês que vem, e arcar elas próprias com os custos extras.
“A Petrobras está entregando os volumes contratados. O que ela não está garantindo são os volumes adicionais. E esse é um direito dela”, disse uma das fontes.
Uma parcela do mercado compreende que a Petrobras não tem motivo para assumir o ônus de recorrer ao mercado internacional, a não ser que reajuste seus preços. Como o momento econômico e político não é propício para isso, a empresa preferiu repassar a responsabilidade da importação às distribuidoras, segundo as fontes. Necessariamente, será preciso recorrer ao mercado externo. Caso contrário, as distribuidoras teriam que pagar multas aos donos de postos por não cumprirem com o compromisso de abastecimento.
Mas a notícia não foi bem recebida por associadas da Brasilcom, que levaram o caso à ANP. Elas reclamam de cortes unilaterais de até 70% nos pedidos de fornecimento de combustíveis, comunicados na semana passada pelo setor comercial da Petrobras.
A defasagem entre a disponibilidade interna de combustíveis e demanda diz respeito aos contratos com entrega prevista para o mês que vem. No mundo todo, o mercado de petróleo e derivados está aquecido. Num só momento, o consumo subiu, por conta do avanço da vacinação e recuperação das economias. Ao mesmo tempo, a oferta caiu. A consequência foi a disparada das cotações das commodities de energia, com reflexos no Brasil que adota preços alinhados aos internacionais.
A Petrobras, em comunicado, afirma que as distribuidoras encomendaram mais combustíveis para o mês de novembro do que de costume e que não teve tempo de se preparar para esse aumento da demanda. Segundo a Petrobras, comparado com novembro de 2019, a demanda por diesel aumentou 20% e a de gasolina, 10%. Esses excedentes superam sua capacidade interna de produção. No mercado, no entanto, executivos de distribuição negam essa versão. Eles dizem que o consumo subiu, mas nem tanto.
“A Petrobras segue atendendo os contratos com as distribuidoras, de acordo com os termos, prazos vigentes e sua capacidade. Além disso, a Companhia está maximizando sua produção e entregas, operando com elevada utilização de suas refinarias”, afirmou a empresa, em nota, acrescentando que o seu parque de refino está operando com um nível de utilização elevado.
Os importadores viram nesse episódio uma oportunidade de crescer no mercado interno. “Ao reduzir a importação, a Petrobras institucionaliza o mercado livre de combustíveis no Brasil”, afirmou Sérgio Araújo, presidente da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom). Em geral, a entidade critica a estatal. A luta da Abicom, em geral, é para que a Petrobras suba os seus preços, em linha com o mercado internacional, e, com isso, permita que concorrentes disputem participação de mercado. Dessa vez, no entanto, a associação aplaudiu a petrolífera.

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Agência Brasil – Petrobras tem demanda para novembro acima da capacidade de produção
Estatal diz que teve pedidos de gasolina e diesel muito acima da média
Publicado em 19/10/2021 – 19:18 Por Vladimir Platonow – Repórter da Agência Brasil – Rio de Janeiro

(Cita BRASILCOM)
https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2021-10/petrobras-tem-demanda-para-novembro-acima-da-capacidade-de-producao