A Frente Parlamentar de Recursos Naturais e Energia (FPRNE) realizou na terça-feira (04 junho) mais um debate sobre o Combustível do Futuro. A BRASILCOM, representada por seu diretor Institucional, Sergio Massillon, reafirmou seu apoio à iniciativa, acrescentando que a mesma pode ser aperfeiçoada.
Massillon destacou três pontos a serem considerados ao se falar em combustível do futuro. O primeiro é a questão das rotas tecnológicas. A BRASILCOM considera que manter o mandato exclusivamente para o biodiesel de transesterificação cria uma reserva de mercado para esse produto. “Nossa ideia é que o mandato obrigatório inclua, não só o de transesterificação, como o HVO, mas também o diesel coprocessado da Petrobras, que são fontes equivalentes de produtos biocombustíveis de origem vegetal (soja), e que irão gerar uma concorrência adicional, o que significa custos menores, preços mais competitivos e vantagem para os consumidores.”
O segundo ponto destacado foi a questão dos testes. Segundo Massillon, o artigo 32 do PL Combustível do Futuro fala de forma clara sobre a necessidade de testes com os mesmos produtos que são comercializados normalmente. “Gostaríamos que isso fosse também levado à análise técnica do biodiesel, independentemente de sua origem.”
Por último, a BRASILCOM salientou que, cada vez que a mistura aumenta em percentuais, surge a necessidade de instalações de tanques, de linhas, de plataformas, que necessitam de várias licenças que demoram a ser obtidas. “O projeto prevê prazo de 12 meses para cada alteração no percentual, e nós solicitamos 18 meses. Aumentando esse prazo, garantimos o sucesso na obtenção das licenças para permitir que as instalações sejam adequadas aos aumentos de mistura”, finalizou Massilon.