O avanço na utilização de biodiesel na matriz energética brasileira é uma conquista significativa para a sustentabilidade e a redução das emissões de gases de efeito estufa (GEEs). Mas o caminho para ampliar seu percentual no diesel, com o proposto aumento para além de 15%, previsto pela Lei do Combustível do Futuro, enfrenta desafios técnicos como impactar a estabilidade oxidativa, formação de borras e desempenho em motores, especialmente sob condições extremas de temperatura.
Para reduzir esses riscos, é imprescindível realizar testes que analisem o comportamento do combustível em diferentes condições operacionais, com avaliações de desempenho em motores e veículos, estudos de compatibilidade com os materiais dos sistemas de armazenamento e distribuição, além de testes que considerem a diversidade climática do Brasil.
Os resultados desses estudos fornecerão as bases para ajustes técnicos e regulatórios, garantindo que o aumento da mistura ocorra sem prejuízo à segurança e ao desempenho dos motores, ao mesmo tempo em que assegura a aceitação do consumidor final.
A participação ativa de montadoras, produtores de biodiesel, distribuidores de combustíveis, transportadores e órgãos reguladores é essencial para identificar desafios e propor soluções viáveis, em um esforço conjunto para estabelecer parâmetros técnicos e operacionais que atendam às exigências de qualidade e segurança.