A Agência Nacional do Petróleo (ANP) realizou em 15 de outubro último um encontro virtual – Workshop Projeto Biodiesel – para apresentar suas ações para a garantia da qualidade dos combustíveis (biodiesel, diesel A e diesel B) e promover discussões técnicas sobre o tema.
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O evento contou com a participação de entidades do setor como ABIOVE, APROBIO, FECOMBUSTÍVEIS, SindTRR, UBRABIO, ANFAVEA e IBP. Também presente, a BRASILCOM, representada por seu diretor de Relações Institucionais, Sérgio Massillon, a despeito dos resultados nos últimos testes realizados pela Superintendência de Fiscalização do Abastecimento (SFI), reiterou que:
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As distribuidoras de combustível têm como um de seus principais objetivos, oferecer produtos de qualidade aos seus consumidores.
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O amplo debate sendo promovido pela ANP é fundamental para que se assegure a oferta de produtos de qualidade aos consumidores, mas é necessário que este seja feito sem emoções, exageros e sem distorção proposital ou involuntária de informações.
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Programa de testagem – Mesmo quando os produtos analisados atingem as características definidas nas especificações, não existe, sem um amplo programa de testagem laboratorial e de campo, a garantia de qualidade final exigida pelos consumidores. O que tem sido identificado é que, apesar dos componentes da mistura que resulta no diesel B ora comercializado no Brasil (diesel A + biodiesel de transesterificação) atenderem às especificações, sua mistura vem resultando em enormes problemas junto aos consumidores (p.ex.entupimento de filtros, bicos injetores, parada de motores e geradores com o consequente aumento de custos de manutenção e reparos). A cada aumento no percentual do biodiesel de transesterificação na mistura lidamos com um produto de características e comportamento distintos e os consumidores não podem sofrer as consequências destas mudanças sem as necessárias precauções e testes.
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Produção de biodiesel – Existem outras rotas de produção de biodiesel e cremos que o Brasil não deve se limitar a apenas uma, devendo buscar o aprimoramento e o benefício de todas as tecnologias de produção de biodiesel de matérias primas renováveis e permitir, dentro do mandato legal de mistura, a utilização de outros produtos como o HVO e o diesel HBio da Petrobras, além de novas rotas de produção que venham a ser criadas.