O Ministério das Minas e Energia (MME) reuniu na última segunda-feira (17 de março), representantes do setor de combustíveis e biocombustíveis, entre eles o diretor de Relações Institucionais da BRASILCOM, Sergio Massillon, para apresentar os resultados dos testes para o aumento da mistura de etanol anidro à gasolina, previsto no Programa Combustível do Futuro, realizados Instituto Mauá de Tecnologia.
O Instituto confirmou a viabilidade técnica da elevação da mistura de etanol anidro, de 27,5% (E27) para 30% (E30), que deve ocorrer ainda este ano, de acordo com previsão do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.
Segundo o Instituto Mauá, foram testados 16 veículos leves com motores das fases L2 a L8 do Proconve (1984 a 2024) e 13 motocicletas das fases M1 a M5 do Proconve (2004 a 2024), comparando seus desempenhos com a utilização de gasolinas com níveis de mistura E27 e E32.
O Instituto observou que, por mais que tenha sido feita uma seleção criteriosa dos veículos ensaiados, observou-se que os veículos e motocicletas mais antigos possuem comportamentos relacionados ao tempo de uso, quilometragem e tecnologias, e não ao combustível.
Com relação aos veículos, não foram observadas nas amostras diferenças no comportamento dos veículos que sejam justificadas pela alteração de combustível e/ou afetará a percepção de dirigibilidade do motorista. Também não houve alteração relevante nos ensaios de emissões e consumo.
Com relação às motocicletas, vários modelos apresentaram dificuldades na partida a frio com ambos os combustíveis, e três apresentaram dificuldades na partida com E32. As motocicletas apresentaram um comportamento similar com ambos os combustíveis nos ensaios de partida a quente, aceleração a quente, retomada e emissões.
A conclusão do Instituto Mauá é que as diferenças encontradas nos testes realizados não são empecilhos para a adoção do E30.
Os estudos foram apresentados na sede da pasta, em Brasília, marcando a entrega de uma das exigências para efetivação do E30. A decisão ainda precisará ser formalizada pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).